sábado, 12 de abril de 2014

ANNA BELLA GEIGER







Biografia

Anna Bella Geiger (Rio de Janeiro RJ 1933). Estudou desenho e história da arte com Fayga Ostrower, no período de 1951a 1953. Formou-se em letras anglo-germânicas pela Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro. Revolucionou a prática da gravura no Brasil, sobretudo a partir de 1965, com a sua série sobre as vísceras do corpo humano. Foi uma das artistas brasileiras mais bem-sucedidas na introdução da discussão política, mas sem perder a especificidade da intervenção artística. Pouco ortodoxa no uso de materiais, lançou mão de xerox, fotografia, postais, impressos e até mesmo do vídeo para a materialização de suas obras. Entre suas inúmeras exposições, podem-se citar a participação em várias edições da Bienal Internacional de São Paulo; uma individual no MoMA, Nova York, Estados Unidos, 1978; e a representação do Brasil na Bienal de Veneza, 1980.

IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA
Participou da mostra de videoarte em Filadélfia, Estados Unidos, em 1974, considerada a primeira exibição pública de vídeos brasileiros. Sua obra é marcada por uma veia irônica, chegando muitas vezes a assumir abertamente a inversão paródica como forma criativa. À medida que ela evolui, as implicações ideológicas do universo das artes e do contexto político vão sendo colocadas cada vez mais enfaticamente em discussão. Desde as séries Declaração em Retrato e Passagens (ambas de 1975) até a videoinstalação realizada para a 16ª Bienal Internacional de São Paulo (Mesa, Friso e Vídeo Macios, 1981), a artista vem estendendo para o vídeo experiências iniciadas antes no âmbito das artes plásticas. Seus Mapas Elementares (1976 a 1977), por exemplo, são jogos irônicos envolvendo mapas do Brasil e da América Latina ou aberturas de telejornais, em que se exploram a plasticidade do mapa-múndi, objetos lembrando a forma da América Latina e os próprios trabalhos da artista sobre o assunto (como as suas famosas fatias de pão com falhas no miolo imitando o mapa de Brasil). Nesses jogos de fundo conceitual, Geiger procura discutir o modo como se formam determinados clichês ideológicos e explorar certas similitudes semânticas ou formais ("antropomorfismos", no dizer da própria artista) entre o gesto pictórico e determinados ritmos musicais.

Cronologia
EVENTOS SELECIONADOS

1974 - São Paulo SP - 8ª Jovem Arte Contemporânea - 1ª Mostra de Videoarte, no MAC/USP
1975 - Filadélfia, Cincinatti, Chicago e Hartford (Estados Unidos) - Video Art, no Institute of Contemporary Art, University of Pennsylvania, no The Contemporary Arts Center, Cincinatti, no Museum of Contemporary Art e no Wadsworth Atheneun - 1ª Mostra Internacional de Videoarte
1977 - São Paulo SP - 7 Artistas de Vídeo, no MAC/USP
1981 - São Paulo SP - 16ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal


Obras Selecionadas

Passagens nº 1
Mapas Elementares I
Local da Ação
Quase Mapa, Quase Mancha
Pão Nosso de Cada Dia
Ideologia
Ambiente Parcial com Retorno ao Sorriso do Gato Cheshire em Alice
Mapas Elementares III


Links
Geiger, Anna Bella (1933). In: Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. São Paulo: Itaú Cultural, 2001. Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/enciclopedias/artesvisuais?id=552

Referências

BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 16. 1981. São Paulo: Fundação Bienal, 1981. 238 p., il. color.





Fontes: Wikipédia;Enciclopédia Itaú Cultural:www.pinturasemtelas.com.br.

Vanda Martins

6 comentários:

  1. Pra nós vermos que a sempre existiu um artista querendo sair do tradicional e mostrar suas ideias por outros tipos de material e meios, adorei sua autenticidade e o modo de cutucar alguns conceitos estabelecidos na sociedade.

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  2. Achei bacana a artista usar a materialização em suas obras.


    Fabiana!!

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  3. Gostei muito dos trabalhos desta artista. Bom saber que temos artistas brasileiros com trabalhos artísticos fantásticos pelo mundo todo. Ass. Rosana Lima

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  4. Bacana gostei bastante, por ela interagir com essa parte de animação e também por ter essa questão de Sua obra ser marcada por uma veia irônica1

    Janaina Silva

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  5. Bem interessante os trabalhos apresentados do artista, melhor ainda é ver tanta criatividade e orgulho de ser brasileiro!

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  6. Muito bacana os materiais que ela usa para expor os seus conceitos! Verenice Teixeira

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